quinta-feira, 28 de junho de 2012

Só queria dizer "Eu te amo" - Capítulo 4


Capítulo 4
Sonho perdido

No hospital, o médico Nimura Takeshi avisa aos pais de Ai que ela, urgentemente deve fazer a cirurgia – Então faça! Desde que Ai esteja bem, faça o que o senhor achar melhor para ela. – disse o pai
        Seu pai se chama Ken Minami, ele é sempre aquele que pede para os filhos se esforçarem em algo de seu interesse, na adolescência dos três, ele queria que eles se esforçassem mais nos estudos do que nos amigos. Ele costuma proibir Ai de fazer muitas coisas, desde que ela começou a faculdade; como por exemplo: fazê-la parar de ouvir e assistir o show, os programas do Arashi.
        Cinco horas depois, quando Ai finalmente desperta, ela logo percebe que está no quarto do hospital. Em um sofá perto da janela está seus irmãos, na cadeira ao lado da cama está sua mãe e do outro lado da cama está seu pai, ambos dormindo com a cabeça apoiada nas laterais da cama. – Por que estão todos aqui? Nunca foi assim, sempre foi a mãe e o pai. – pensou, olhando para o teto. Quando moveu sua mão, Kumiko logo acordou – Ai! Você está bem? – se levantando.
- Estou...percebendo que sua voz não saiu. - Que? – assustada, colocando a mão em seu pescoço e percebendo que ele está todo enfaixado e olhando para sua mãe, a vê chorando – Gomen Ai, mas se não fizéssemos a cirurgia você não estaria viva agora. – se ajoelhando e apoiando a cabeça sobre a cama e chorando.
- “Eu... perdi minha... voz?... Eu jamais... irei conseguir dizer a ele... o que... sinto?” – pensou, chorando.
        Ai e Kumiko choraram juntas durante o resto da noite, e na manhã seguinte, Naomi vê as duas com os olhos bastante molhados e um pouco inchados – Com certeza a Ai já sabe que perdeu a voz – olhando para ela. – Por que logo a Ai tinha que ter perdido a voz? Por que logo a Ai tinha que ter o câncer nas cordas vocais? – chorando – A Ai que tem vários sonhos... Por que não fui eu quem perdeu a voz? – saindo do quarto correndo.
        Quando todos acordaram, Ken logo chamou o médico para avisar que Ai acordou, mas por precação o médico pediu para que ela ficasse mais três dias no hospital.
- Você quer alguma coisa, Ai? – perguntou a mãe, assim que o médico saiu do quarto.
-... – negando com a cabeça e olhando para o lado direito.
- Está confortada? – perguntou o pai
-... – afirmando com a cabeça, sem olhar para ninguém.
- Não quer comer alguma coisa, nee-chan? – perguntou Kei.
Minami Kei, irmão mais novo de Ai, ele é três anos mais novo que ela; seus gostos sempre foram opostos aos de Ai, por isso dele odiar tudo o que ela ama; ele está no 1º ano do colegial, faz parte do clube de música.
Ele tem o mesmo tamanho que a Naomi, adora conversar com ela, porque os dois tem praticamente os mesmos gostos e pensamentos, mas se perguntarem para ele se os dois são irmãos, ele fica muito bravo. *Mas para dizer a verdade, os dois são muito parecidos mesmo.*
-... – negando
- Bom então vamos indo – disse Kumiko
-... – sem reação.
        Antes que eles fossem embora o celular de Ai, toca e quem atendeu foi Naomi – Moshi Moshi?
- Ai? – disse uma voz familiar.
- QUE?! NINO? – assustada. Porém Ai logo se assustou e olhou para ela
- Dare?
- Ah... sou a irmã da Ai, Naomi desu.
- Naomi-chan, posso falar com a Ai?
- Desculpa Nino, mas a Ai não está podendo falar no momento. – olhando para Ai.
- Teve algum problema?
- A Ai está... – olhando para ela, que está pedindo para ela não contar a ele que ela está no hospital. – Gomen nee-chan – sussurrou – Ne Nino a Ai está internada no hospital.
- O que aconteceu?
- Acho melhor você mesmo vir para cá, a Ai está precisando de um amigo aqui.
Depois de a Naomi dizer o nome do hospital e o numero do quarto, ele logo desligou o celular.
- Está bem, estou a caminho. – desligando o celular.
- O Nino disse que está vindo – olhando para ela.
-... – sem responder e voltando a virar a cabeça para a direita
- Que bom, assim não precisamos nos preocupar, ele com certeza irá animá-la. – disse Kumiko.
- Eu não gostei da idéia dele vir para cá e ficar sozinho com ela. – disse Ken.
- É mesmo. – respondeu Kei. – Agora sim eu não volto mais para cá.
- Nas condições que ela está, até parece que ele irá fazer algo com ela. – disse Kumiko. – Vamos indo. – saindo do quarto
- Hm... jya nee Ai – disse os irmãos. – saindo.
        Pouco tempo depois, de eles saírem do quarto Kazunari chega, tímido até o quarto dela e a vê deitada na cama, com a cabeça virada para o lado direito, percebe que seu pescoço está enfaixado. – Er... com licença. – disse ele
-... – olhando para ele.
- Oi, tudo bem? – se sentando na cadeira ao lado da cama.
-... – virando a cabeça para o lado contrário.
- Fiz mal em ter vindo para cá? Se quiser eu saio... – se levantando
-... – pegando a camisa dele.
- Quer que eu fique? – olhando para ela.
-... – afirmando, com a cabeça.
- Ok... e então, como você está? Alguma coisa está te incomodando?
-... – negando
- Você decidiu fazer a cirurgia então?
-... – negando
- Então por que fez?
-... – sem saber como responder
- Ne Ai, você não precisa ter medo para se comunicar comigo, acho que as pessoas que querem mesmo te ouvir, ouvirão. Então você pode me dizer o que sente, o que pensa... irei sempre entender o que você dizer. – segurando a mão dela. – E então... por que fez a cirurgia?



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