Capítulo
8 – Uma grande besteira
-...
Por que está me dizendo isso? Por que disse aquilo para mim, se você sabe muito
bem que aquela palavra é uma das mais importantes para mim? Você brincou com
ela...
-
Desculpa Ai, não queria deixar você triste, eu só disse aquilo porque me
preocupo com você e eu não brinquei com a palavra porque sei o quanto ela
significa para você. Eu só...
- Nunca
mais diga uma coisa dessas para mim... daquele jeito! Nunca mais me abrace para
me dizer aquilo se for para dizer a palavra por achar que preciso dela. Não
quero que você me abrace, daquele jeito – chorando – Não quero que diga
aquilo... – Sendo interrompida por um beijo e um abraço do Kazunari, que acaba
fazendo os dois caírem e ficarem deitados na cama.
-
Desculpa... mas você fala demais, mesmo não tendo voz – se levantando – Esqueça
o que aconteceu... tenho que ir – indo até a porta e saindo
- Por
que você me beijou? Podia muito bem ter me ignorado e ir embora... –
chorando – Mesmo eu não tendo voz eu continuo falando com as pessoas
“normalmente”... Eu tenho... que aceitar o fato de eu não poder mais conversar
com as pessoas normalmente... tenho que parar de mexer minha boca, para apenas
ficar ouvindo. – chorando e abraçando as pernas – Mas mesmo assim... não
precisava ter me beijado daquele jeito, Kazunari... seu idiota –
gaguejando, pensou.
Enquanto isso Kazunari estava encostado
na porta do quarto dela, de cabeça baixa e chorando – Gomen Ai... mas isso foi
para o seu bem, você jamais seria feliz comigo; Jamais teria tempo para ficar
com você. Você merece um homem que te de o tempo que mereça. – andando para o
fim do corredor.
– Alô? Nino? – disse Jun
-
Jun, você tem um tempo? – com a voz baixa
- Tenho, mas tudo bem se o Sho for junto? É
que fiquei de dar uma carona para ele
-
Tudo bem, vou estar esperando na minha casa.
- Ok, jya. – desligando o celular.
Rapidamente Jun e Sho chegaram na casa
do Kazunari, a porta estava destrancada – Com licença Nino... – disse Jun
-
Nino onde você está? – perguntou Sho
-
Aqui – com a voz triste, e chorando; deitado no sofá.
-
NINO! O QUE ACONTECEU?! – gritou Sho
-
Eu... eu... falei... algo MUITO RUIM PARA A AI! – gritando feito uma criança.
-
O... o que você disse para ela? – perguntou Jun
-
Eu disse que não a amo... que era tudo mentira e... que eu disse aquilo porque
os pais dela não a visitam e que achei que ela precisava ouvir aquilo. –
chorando e se sentando.
-
Por que disse uma besteira dessas?! – disse Sho
-
PORQUE ELA JAMAIS SERÁ FELIZ COMIGO!
-
E você chegou a perguntar sobre a opinião dela? Ela ao menos disse o que sente
para você? – perguntou Jun
-
Não
-
E se por acaso ela te ame, você não acha que ela já saberia que você não teria
tempo para ficar com ela? – disse Jun, sentado no sofá. – Você deveria parar de
pensar apenas em sua opinião, e começar a pensar nos sentimentos dela, se você
a ama.
-
Jun... não me deprima mais do que eu já estou
-
Mas Nino, o Jun tem razão... você ficou pensando tanto pelo seu lado que se esqueceu
completamente da opinião, dos sentimentos da Ai. – disse Sho.
-
Vocês dois não estão me ajudando muito... Mas mesmo que vocês me digam isso,
com que cara eu vou voltar a conversar com ela?
-
Seja você mesmo, seja sincero, diga bem nos olhos dela o que sente. – respondeu
Jun.
-
É uma boa idéia, mas antes de você fazer isso... o que a Ai disse depois do que
você disse? – perguntou Sho
-
Ela ficou falando que não quer que eu a beije novamente, não a abrace e ela
disse que eu brinquei com a frase favorita dela. – olhando para o chão
-
Mas não deixa de ser mentira – disse Jun, sério
-
EU SEI DISSO! É POR ISSO QUE ESTOU ASSIM! – se descabelando.
-
Calma! – disse Sho, segurando os ombros do Kazunari. – Você fez a besteira,
agora o único que pode resolver isso é você!
-
Bom já está tarde temos que ir, porque amanhã temos que acordar cedo. – disse
Jun, se levantando que logo depois dele Sho fez o mesmo.
-
Mas já? Vocês ainda não me disseram o que eu faço!
-
Você é o único que deve saber o que fazer agora... Foi você que fez a besteira,
sozinho; então agora você vai arrumar ela sozinho! – disse Jun, indo para a
porta – Até amanha, Nino
-
Espera... – disse Kazunari, mas eles já foram. – Droga... eles não me ajudaram
em nada – se jogando na cama e começando a chorar.
No hospital, Ai ainda não conseguiu
dormir, e ainda estava pensando no beijo, no Kazunari, mas principalmente no
que ele disse. – Será que... você sempre sentiu pena de mim? Quando nos
conhecemos eu estava chorando, e você veio até mim e perguntou “O que
aconteceu?”; eu fiquei com um pouco de medo de você, mas com o tempo eu...
comecei a gostar mais e mais de você, até que eu percebi que esse gostar virou
uma paixão. Por que fui me apaixonar por você? Você... jamais sentirá o mesmo
que eu. Eu fui muito boba de ter imaginado que, o que você disse naquela hora
fosse verdade – deitada e chorando.
Depois de tanto chorar, Ai e Kazunari
dormem e um sonha com o outro, um sonho com o final igual... ambos se afastando
um do outro, e chorando.
Rapidamente amanheceu, e Kazunari e Ai
logo acordaram com a luz do sol pela janela – Já amanheceu? O que será que ele
(a) está pensando agora? – pensou os dois, olhando para a janela.
-
Com licença – disse o médico, entrando. – Você está melhor Ai?
-
(afirmando com a cabeça)
-
Que bom! Tenho uma ótima noticia para você
-
(olhando para ele)
-
Ah... assim não dá... o que aconteceu? Não dormiu direito?
-
(afirmando)
-
Hm... por que?
- Pensando
em algumas coisas
-
Hm... já que é assim, vou te dizer a minha surpresa... Você já pode ir para
casa! – sorrindo
-
(olhando para ele, com os olhos mais ou menos arregalados e sorrindo)
-
Até que enfim você sorriu... Bom eu tenho que ir, tchau – saindo do quarto
-
Até que enfim eu vou poder sair daqui- sorrindo e se levantando e indo em
direção á mala.
...
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