sexta-feira, 27 de julho de 2012

Só queria dizer: Eu te amo - Capítulo 8


Capítulo 8 – Uma grande besteira


-... Por que está me dizendo isso? Por que disse aquilo para mim, se você sabe muito bem que aquela palavra é uma das mais importantes para mim? Você brincou com ela...
- Desculpa Ai, não queria deixar você triste, eu só disse aquilo porque me preocupo com você e eu não brinquei com a palavra porque sei o quanto ela significa para você. Eu só...
- Nunca mais diga uma coisa dessas para mim... daquele jeito! Nunca mais me abrace para me dizer aquilo se for para dizer a palavra por achar que preciso dela. Não quero que você me abrace, daquele jeito – chorando – Não quero que diga aquilo... – Sendo interrompida por um beijo e um abraço do Kazunari, que acaba fazendo os dois caírem e ficarem deitados na cama.
- Desculpa... mas você fala demais, mesmo não tendo voz – se levantando – Esqueça o que aconteceu... tenho que ir – indo até a porta e saindo
- Por que você me beijou? Podia muito bem ter me ignorado e ir embora... – chorando – Mesmo eu não tendo voz eu continuo falando com as pessoas “normalmente”... Eu tenho... que aceitar o fato de eu não poder mais conversar com as pessoas normalmente... tenho que parar de mexer minha boca, para apenas ficar ouvindo. – chorando e abraçando as pernas – Mas mesmo assim... não precisava ter me beijado daquele jeito, Kazunari... seu idiota – gaguejando, pensou.
        Enquanto isso Kazunari estava encostado na porta do quarto dela, de cabeça baixa e chorando – Gomen Ai... mas isso foi para o seu bem, você jamais seria feliz comigo; Jamais teria tempo para ficar com você. Você merece um homem que te de o tempo que mereça. – andando para o fim do corredor.
Alô? Nino? – disse Jun
- Jun, você tem um tempo? – com a voz baixa
- Tenho, mas tudo bem se o Sho for junto? É que fiquei de dar uma carona para ele
- Tudo bem, vou estar esperando na minha casa.
- Ok, jya. – desligando o celular.
        Rapidamente Jun e Sho chegaram na casa do Kazunari, a porta estava destrancada – Com licença Nino... – disse Jun
- Nino onde você está? – perguntou Sho
- Aqui – com a voz triste, e chorando; deitado no sofá.
- NINO! O QUE ACONTECEU?! – gritou Sho
- Eu... eu... falei... algo MUITO RUIM PARA A AI! – gritando feito uma criança.
- O... o que você disse para ela? – perguntou Jun
- Eu disse que não a amo... que era tudo mentira e... que eu disse aquilo porque os pais dela não a visitam e que achei que ela precisava ouvir aquilo. – chorando e se sentando.
- Por que disse uma besteira dessas?! – disse Sho
- PORQUE ELA JAMAIS SERÁ FELIZ COMIGO!
- E você chegou a perguntar sobre a opinião dela? Ela ao menos disse o que sente para você? – perguntou Jun
- Não
- E se por acaso ela te ame, você não acha que ela já saberia que você não teria tempo para ficar com ela? – disse Jun, sentado no sofá. – Você deveria parar de pensar apenas em sua opinião, e começar a pensar nos sentimentos dela, se você a ama.
- Jun... não me deprima mais do que eu já estou
- Mas Nino, o Jun tem razão... você ficou pensando tanto pelo seu lado que se esqueceu completamente da opinião, dos sentimentos da Ai. – disse Sho.
- Vocês dois não estão me ajudando muito... Mas mesmo que vocês me digam isso, com que cara eu vou voltar a conversar com ela?
- Seja você mesmo, seja sincero, diga bem nos olhos dela o que sente. – respondeu Jun.
- É uma boa idéia, mas antes de você fazer isso... o que a Ai disse depois do que você disse? – perguntou Sho
- Ela ficou falando que não quer que eu a beije novamente, não a abrace e ela disse que eu brinquei com a frase favorita dela. – olhando para o chão
- Mas não deixa de ser mentira – disse Jun, sério
- EU SEI DISSO! É POR ISSO QUE ESTOU ASSIM! – se descabelando.
- Calma! – disse Sho, segurando os ombros do Kazunari. – Você fez a besteira, agora o único que pode resolver isso é você!
- Bom já está tarde temos que ir, porque amanhã temos que acordar cedo. – disse Jun, se levantando que logo depois dele Sho fez o mesmo.
- Mas já? Vocês ainda não me disseram o que eu faço!
- Você é o único que deve saber o que fazer agora... Foi você que fez a besteira, sozinho; então agora você vai arrumar ela sozinho! – disse Jun, indo para a porta – Até amanha, Nino
- Espera... – disse Kazunari, mas eles já foram. – Droga... eles não me ajudaram em nada – se jogando na cama e começando a chorar.
        No hospital, Ai ainda não conseguiu dormir, e ainda estava pensando no beijo, no Kazunari, mas principalmente no que ele disse. – Será que... você sempre sentiu pena de mim? Quando nos conhecemos eu estava chorando, e você veio até mim e perguntou “O que aconteceu?”; eu fiquei com um pouco de medo de você, mas com o tempo eu... comecei a gostar mais e mais de você, até que eu percebi que esse gostar virou uma paixão. Por que fui me apaixonar por você? Você... jamais sentirá o mesmo que eu. Eu fui muito boba de ter imaginado que, o que você disse naquela hora fosse verdade – deitada e chorando.
        Depois de tanto chorar, Ai e Kazunari dormem e um sonha com o outro, um sonho com o final igual... ambos se afastando um do outro, e chorando.
        Rapidamente amanheceu, e Kazunari e Ai logo acordaram com a luz do sol pela janela – Já amanheceu? O que será que ele (a) está pensando agora? – pensou os dois, olhando para a janela.
- Com licença – disse o médico, entrando. – Você está melhor Ai?
- (afirmando com a cabeça)
- Que bom! Tenho uma ótima noticia para você
- (olhando para ele)
- Ah... assim não dá... o que aconteceu? Não dormiu direito?
- (afirmando)
- Hm... por que?
- Pensando em algumas coisas
- Hm... já que é assim, vou te dizer a minha surpresa... Você já pode ir para casa! – sorrindo
- (olhando para ele, com os olhos mais ou menos arregalados e sorrindo)
- Até que enfim você sorriu... Bom eu tenho que ir, tchau – saindo do quarto
- Até que enfim eu vou poder sair daqui- sorrindo e se levantando e indo em direção á mala.
...

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