Capítulo
7 – Esqueça...
No
dia seguinte Kazunari não apareceu no hospital e isso foi um pouco bom para a
Ai já que, ela estava muito pensativa em relação ao que ele disse:
- Aishiteru... – isso não saia da sua cabeça nem um minuto.
-
Por que logo na hora “H” eu não consegui dizer o que sinto? Esperei tanto tempo
para um dia me confessar a ele... Há doze anos eu não consegui dizer por causa
do trem, agora... não consigo dizer porque não tenho coragem e voz para isso.
Sempre pensei em como seria me confessar para ele, agora tudo o que pensei foi
destruído da noite para o dia. – pensou, sentada na cama e olhando o dia claro,
quase sem nuvens pela janela. – Será que eu jamais irei me confessar para
ele? – disse ela – Hm... provavelmente... – sorrindo, quase chorando e
olhando para frente de sua cama.
-
Com licença – disse uma enfermeira – Vim saber se você está bem.
-...
– afirmando com a cabeça
-
Ué? O Nino não veio hoje?
-
(negando) Ele está cheio de trabalho – mentindo, pois não sabia o
verdadeiro motivo.
-
Hm... deve ser ruim né? Ser famoso. – ao lado dela.
-
(Sem saber o que responder)
-
Bom, desculpa, mas eu tenho que ver os outros pacientes. Com licença
-
(abaixando a cabeça e levantando devagar e voltando a olhar para fora, pensando
no Kazunari) – Será que o que aconteceu ontem, foi um sonho?... Provavelmente
não, e isso me aterroriza ainda mais... Por não conseguir responde-lo e ainda
por cima ele não faz a mínima idéia – chorando e abraçando as pernas.
De repente Sho entra no quarto e a vê
chorando – Er... com licença... – na porta.
-...
(levantando a cabeça e rapidamente enxugando as lagrimas) Aconteceu alguma
coisa?
-
Eu é que pergunto, por que está chorando? Está com saudades do Nino? – se
sentando na beirada da cama.
-
(negando) Mas por que você veio?
-
Vim pedir desculpas sobre ontem, não sabia que é muda... o Nino me contou... Eu
me senti meio que o “vilão” da história, fui ignorante com você... – abaixando
a cabeça.
-
(levantando a cabeça dele) Você jamais seria o “vilão” por causa daquilo...
você assim como muitas pessoas, não sabia que sou muda... Eu não estou triste
pelo o que aconteceu, estou até feliz... porque conheci você e os outros – sorrindo
-
Arigatou... – abaixando a cabeça -... Você realmente é bem interessante –
sorrindo
- Que?
-
Ah, nada! Só pensei... Sabe, provavelmente o Nino não virá hoje, ele está cheio
de trabalho; mas ele disse que lamenta por não poder vir.
- Tudo
bem, eu não posso sempre depender dele para cuidar de mim... Eu quero aprender
a ser mais independente das pessoas ao meu redor, principalmente o Kazunari.
Ele que está sempre ocupado com o trabalho, não quero tirar o tempo livre
dele...
-
O Nino não fica com você, porque é uma obrigação... ele cuida de você, porque
ele realmente se importa com você e duvido muito que ele não esteja feliz
cuidando de você; ou seja você está tornando o tempo livre dele menos chato...
jogando o tempo todo vídeo game
-
(rindo) Eu não acho chato ficar o tempo todo jogando, quando éramos crianças
sempre brincávamos na casa dele. E eu sei que ele gosta de cuidar de mim... –
relembrando o momento em que ele disse “Aishiteru”, vermelha.
-
(percebendo que ela lembrou de algo importante) Bom, eu tenho que ir, só vim
mesmo para te dizer desculpas. A gente se vê – se levantando
-
Hm (afirmando com a cabeça)
Assim que ele saiu do quarto, o médico
entra dizendo que no dia seguinte ela terá alta e isso obviamente a deixou
muito feliz. – Ué, o Ninomiya não vem hoje? – perguntou o médico
- Não,
ele está cheio de trabalho
-
Hm... ser famoso é mesmo muito trabalhoso
- Ser
médico também – brincando
-
(rindo) Não deixa de ser verdade. Acho que nunca te contei, mas eu tenho um
sobrinho que estuda na mesma faculdade que você, ele está cursando medicina
veterinária.
- É
mesmo? Como ele se chama?
-
Takanari
- Hm...
não conheço
-
Mas mudando um pouco o assunto, como você vai fazer, vai sair da faculdade?
- Ainda
não sei.
-
Você não tem uma segunda opção, se não desse certo teatro... alguma outra
coisa?
-
(negando)
-
Que pena. Bom eu tenho que ir, tenho que atender os outros pacientes, jya –
saindo do quarto.
Depois de conversar com o médico, Ai
começou a pensar no que fazer por causa da faculdade – Meu sonho sempre foi
atuar ao lado do Kazunari, agora desse jeito... isso não será possível. Será
que por não ter voz, terei que desistir de muitas coisas? Será que terei que
desistir do Kazunari também? – chorando – Não quero... não quero desistir da
única pessoa que me deixa feliz – abraçando a perna. Sem perceber, o sol já
estava se pondo, as folhas das árvores estavam voando alto, apesar do vento
estar fraco, mas fresco; os pássaros já estavam cantando dizendo que é hora de
voltar ao ninho; e não se ouvia muito o som dos carros e por causa disso Ai
acabou dormindo
À noite, mais ou menos ás 11 horas,
Kazunari entra no quarto; bem devagar e se aproxima dela, sentando – se ao seu
lado. – Gomen Ai, tive muito trabalho – acariciando o rosto dela, fazendo com
que ela acordasse.
- Kazunari?
– abrindo os olhos
-
Desculpa, não quis te acordar – sussurrando.
- Tudo
bem – se sentando – Você chegou agora?
-
Aham
- Né
Kazunari sobre o que você me disse ontem, eu...
-
Esqueça o que eu disse ontem
- Que?
-
Eu disse aquilo porque achei que você estava precisando ouvir aquilo de alguém,
já que seus pais, nem seus irmãos vieram te visitar. Queria te mostrar que você
não está sozinha, sempre serei seu amigo
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